à medida que os dias passam, percebo que as camadas que vesti ao longo da vida vão-se libertando. essas coisas diversas a que chamamos habitualmente identidade(s). voam. o que fica? fica isto que me segura - livremente - ao mundo, às plantas. e é tanto.
intro para concluir esta série de posts, neste inverno quente - ou pouco frio, vá - em que há papoulas e alcachofras em flor, falar um pouco da minha experiência com a meditação e como ela apurou o meu sentido para o mundo vegetal, mas também foi influenciada por esse mesmo mundo. percebi ao longo do ano que passou que me distrai várias vezes pelo caminho mas que quero, finalmente, viver inteiro no meu sistema de crenças. o que vou a seguir descrever, não será sobre (...)
o meu coração é um campo verde um campo verde em forma de círculo, com uma fonte de água ao centro. um verde macio, suave, vibrante que antecipa cores, flores um verde que cria um ar tão puro que faz sonhar - assim que nele se inspira.
sentir o vazio sentir-me vazio gosto de me sentir assim apenas um coração a bater no escuro antes de qualquer antecipação, antes da brisa ou do vento forte vazio antes de qualquer magnetismo, electricidade ou de uma qualquer criação não saber quem fui/quem serei ser apenas um coração [vivo] a pairar no escuro [fotografias da 'máquina de brincar' quase prontas. em breve por aqui, com umas palavras mal amanhadas :)]