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limbos verdes

limbos verdes

 

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• nestes últimos meses iniciei-me como colecionador d' 'espadas de são jorge ' - sansevierias. durante muito tempo - infância, adolescência- foram -me indiferentes. habitualmente encontrava-as nas entradas dos prédios, com ar de pouco vigor. mas numa viagem à holanda, numa loja, encontrei uma dúzia delas alinhadas, cada uma no seu vaso de barro e vi ali alguma coisa nelas que nunca tinha visto antes. como não as utilizava muito nos arranjos de suculentas, apenas pontualmente, acabei por não produzir este género. há uns tempos comecei a comprar diferentes espécies que sei que me vão acompanhar nos amanhãs que estão por vir. 

 

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• a coleção de t-shirts 'limbos verdes' continua a aumentar. têm sido usadas aqui na aldeia, basicamente, pois é raro sair daqui desde que deixei de fazer mercados e desde a morte da podenga. tem qualquer coisa de redundante andar com elas vestidas muito próximo dos locais habitados por estas plantas. que seja! :) 

 

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• a terra que se quer fértil:

o outono é para mim o movimento de voltar à terra, tão bem representado pelas folhas das árvores e arbustos que se desprendem e com ela - terra - se misturam. fertiliza-la, prepará-la para alimentar 'novas vidas' que dela se irão erguer. este ninho representa esse movimento. caiu de uma conifera - cupressus leylandii - depois de ter cumprido a sua função. plantei-a há duas décadas. sabia-a habitada por rolas mas, vi agora, pela dimensão deste ninho, que pássaros mais pequenos também por ali vivem.  a conífera deixou ali um rasto no interior do ninho. uma folha de hera ficou pressa no lado externo, assim com uma pétala de rosa branca. 

• quando a luz regressa: 

este ano tem-me parecido uma viagem de 'montanha russa'. não quero aqui e agora nomear as minhas experiências/percepções destes últimos meses, porque interessa-me manter o foco para onde quero ir. digo apenas que depois da morte da minha podenga entrei em modo sobrevivência de forma violenta. felizmente vejo-me num outro momento agora. às minhas rotinas matinais, pré matinais na verdade - meditação, yoga- incluí um percurso de corrida de cerca de 5kms, até ao castro, onde visito alguns dos zambujeiros centenários enquanto o sol nasce. assistir diariamente ao nascimento do sol tem sido uma forma eficaz- e bonita - de recordar que estou vivo, que continuo vivo, como algumas das mensagens que recebi há vários meses apontavam. 


[ o que vai acontecer já está acontecendo 💚]