• centaureas, alegrias da casa, echeverias, stapelias, ... em floração
• apareceram 2 melros bebés. desta vez fiz pouquíssimas imagens. mas felizmente correu tudo bem: alimentei-os durante 2 semanas e libertei-os. penso neles de vez em quando. se conseguiram ou não encontrar comida e água sozinhos. mas algo me diz que sim.
• a área da batata doce é a preferida dos 🐈⬛ 🐈. mas em breve serão colhidas
• cresceram 2 plantas que eu não conhecia e ainda bem que não tirei. não sei de onde surgiram. desenvolveram aquela espécie de cápsulas com pequenas sementes em forma de coração
• malagueta entre espinafres. courgetes, abóboras, beringela, cenouras que crescem aos pares, ...
• sempre adorei figueiras e figos. quando criança foi nelas que mais subi- e desci, necessariamente. já não subo estas belas árvores mas os figos estão maravilhosos este ano. na imagem figos brancos num vaso de barro que fazia parte de um conjunto de vários, formando um círculo quando juntos. (desenhei-os há vários anos)
• entre os fetos e o 'coração púrpura' , debaixo do limoeiro, apareceu um 🐸
• por vezes esqueço a minha idade... fico entusiasmado com as tarefas que estou a fazer e depois não dá bom resultado. no início desta semana andava feliz e com bastante energia a preparar a rega da horta. ao colocar água no depósito, com um balde, fiquei com uma vértebra presa. esperei alguns dias por vaga no osteopata que fez este comentário quando me recebeu: dário, já não o via há vários anos e até me parece rejuvenescido, mas já não é adolescente... com a sua idade tem de proteger o seu corpo! vá, tem de comprar uma bomba para regar a horta.
conseguiu libertar a vértebra. o alívio imediato. mas são necessários mais alguns dias de repouso. portanto, horta só em modo contemplativo por estes dias, pausa na saudação ao sol matinal, assim como nos passeios, ida à praia de bicicleta ou ida à piscina. tempo para aprender a usar a energia com mais alguma moderação. :)
• a última imagem do vídeo é a vista da horta num final de dia
•sobre o céu - já aqui tinha recomendado este livro em inglês- the overstory. li-o mas, infelizmente, quando leio em inglês parece que há sempre alguma coisa que me escapa. como adorava que assim não fosse. encontrei o livro traduzido, finalmente, em português. um pequeno excerto logo na 1.ª pág:
raizes
no princípio era o nada. depois foi o tudo.
(...)
até as árvores mais distantes se unem (...)
há tanto debaixo da terra quanto acima dela. é esse o problema das pessoas, é essa a raiz do problema. a vida acontece -lhes despercebida, ao lado. aqui mesmo ao lado. na criação do solo. no ciclo da água. na troca de nutrientes. na formação do clima. na construção da atmosfera. na alimentação, na cura e no abrigo de mais espécies de criaturas do que se conseguem contar. um coro de bosque vivo canta à mulher: se a tua mente fosse só um nadinha mais verde, inundar-te-íamos de sentido. o pinheiro a que ela se recosta diz: escuta. há algo que deves ouvir.
• ao ler no dicionário o significado da palavra conspirar percebemos o tom depreciativo: 'várias pessoas de acordo para tramar alguém'. lembrei-me desta palavra mas sem essa carga negativa, antes com um tom benéfico. não sei se existirá já alguma com este significado: conspirar para o bem.
há algum tempo falei da planta 'pata de elefante' como estava surpreendido com o seu recente desenvolvimento. não por a planta estar apenas saudável e a crescer normalmente. é algo mais. para além disto a planta apresenta um vigor extra, uma energia especial, particular, perceptível no movimento das folhas que num dado momento conseguimos ver. neste post associei este 'bem estar' especial da planta ao facto de a ter incluído numa meditação que comecei a fazer. neste momento, vários meses depois, ela está absolutamente deslumbrante!
com o decorrer do tempo inclui um conjunto de outras plantas na meditação /visualização muitas delas espécies de suculentas que eu já tinha produzido durante anos. passei a visualizar algumas em vasos maiores, ou em canteiros num outro espaço/casa. como se fosse trazendo o futuro próximo para o presente.
e não é que elas passaram a responder também com esse tal vigor extra!?! há dias mostrava à minha irmã o estado das echeverias glaucas. a minha irmã que acompanhou de perto os muitos milhares de plantas que eu produzi - em estufa - para comercializar, detetou logo as diferenças com estas: a rapidez do desenvolvimento da estrutura, o movimento das folhas, habitualmente mais na horizontal e agora parecem mais levantadas, a quantidade de rebentos/ filhotes em tão pouco tempo e a floração abundante em plantas tão jovens. certo, são diferenças subtis . mas são reais. existem. e isso é extraordinário pois significa que há uma comunicação que ocorre efetivamente. uma espécie de conspiração 'do bem' entre nós. e isso deixa-me particularmente feliz.
(tanto elas como eu estamos muito entusiasmados com o futuro, e isso é lindo.)
• há poucos dias vi na rtp play o programa -com 5 episódios-planeta verde. já não está disponível e foi uma sorte ter conseguido apanhar.
gostei da qualidade visual. o movimento das plantas, que habitualmente não damos por ele, muito bem filmado. não gostei tanto de uma certa narrativa sobre a competição das plantas, como se estivessem todas em guerra, quando nos últimos anos as evidências apontam para uma cooperação extraordinária. portanto, o oposto, precisamente. penso que é mais do que tempo de mudar o 'programa de software' que se oferece ao público em geral. quem trabalha/estuda plantas tem essa obrigação, do meu ponto de vista. é absolutamente imperioso que as pessoas em geral aprendam a ver e interagir com o mundo vegetal de outra forma. mas continuando...
o último episódio tocou-me particularmente. primeiro porque mostra muitas das plantas que crescem no meio de nós, nas nossas aldeias/ vilas/ cidades entre pedras, cimento, tijolo. com pouquíssimos recursos. essa resiliência comove-me - e faz-me sentir gratidão, pois sem ela o rosto do planeta seria outro, assim como as condições de vida para muitos seres, nós incluídos.
o segundo ponto que queria destacar neste episódio, que também me tocou especialmente , e aproposito do título do post:
a certa altura viajamos até uma zona da Índia, onde existem estaspontes vivas feitas de raízes.
uma parceria entre apopulação e estas árvores da borracha. que excelente exemplo para incluir neste post. como não admirar estas pessoas que, com as suas mãos - e corações- fazem um trabalho tão extraordinário... conspirar in a good way.