Há cerca de um ano sem produzir plantas e arranjos - comercialmente- o telemóvel decidiu lembrar-me: arranjos inspirados na técnica japonesa Kokedama. Foram os que mais gozo me deu fazer! Ao longo do tempo em que trabalhei com plantas suculentas fui usando - quase sempre - madeira e ceramica como suporte das plantas/arranjos. Quando cheguei a esta técnica em concreto fiquei mesmo contente, porque não há - praticamente- nenhum outro tipo de material, a não ser plantas e terra. Não era obrigatório, mas apresentei-os numa base de cortiça. Até a forma foi das que mais gostei, de todos os que fiz: lembra pequenos planetas - de suculentas.
Na primeira imagem, o arranjo tem cerca de um metro de diâmetro. A echeveria glauca em floração neste arranjo estava absolutamente exuberante! Um dia destes volto a fazer. Agora para mim! :)
breve passeio esta manhã. quando cheguei perto desta(s) árvore(s), uma bela coruja dourada voa alguns poucos metros até nela pousar. ficou alguns segundos à minha procura, perceber o nível de ameaça. a seguir, lançou-se num voo suave. as asas mal se moviam. sem som, praticamente. que ave elegante.
versão concentrada dos posts #layers do ano passado. a coleção não cabe toda neste post :)
[não por causa destas imagens em particular, mas por vezes ocorre-me: será que tudo o que existe é/foi/será um coração algures no tempo, algures nesta expansão de vida.]
este planeta onde nos encontramos - a nossa casa - é, na verdade, um jardim.
nada nesta afirmação é exagerado.
vivemos num jardim. vivemos porque este jardim existe.
não pensamos na relação que mantemos com as suas plantas. escapa-nos ao olhar e, portanto, parece-nos que não existe. mas ela existe a cada segundo da nossa existência. uma relação perfeita. sem ela, nem a nossa nem muitas outras formas de vida existiria. racionalmente grande parte da população parece ter esta informação algures, mas a vivência consciente desta relação existirá?
inspiramos o que as plantas produzem e, depois, expiramos o que elas assimilam.
que relação maravilhosa! constante.
estar consciente desta relação. contemplar os 'canteiros' existentes estimular esta ligação vital que nos une às plantas. manifestar/plantar novos 'canteiros', deveria ser uma prioridade nossa enquanto espécie/comunidade. é, parece-me, fundamental neste período que atravessamos de crise ecológica, climática. aliás, estas crises são exactamente sobre esta - ausência-de - consciência/relação com os 'canteiros', com o jardim, num certo sentido.
os desafios são imensos. mas este post não é sobre eles.
é apenas sobre esta constatação:
vivemos num jardim e que maravilhoso isso é!
com mais ou menos consciência, com mais ou menos empenho somos todos aprendizes de jardineiros.
algumas ligações que têm muito a ver com o sentir esta relação. a última delas uma fórmula que pode ajudar muito a manifestar- também- mais e mais canteiros e sentir gratidão por todos eles:
• exemplo de um olhar vivo, sentido, unido ao grande 'canteiro' que é a floresta da Amazónia. foi uma surpresa tão boa ter encontrado este documentário e saber mais sobre esta ilustradora:
'uma mente humana bem estabelecida é designada como kalpavriksha ou a árvore dos desejos que concede todas as benesses.
(...)
o seu destino é escrito por si inconscientemente . se dominar o seu corpo físico, 15% a 20% da sua vida e do seu destino estarão nas suas mãos. se dominar a sua mente, 50% a 60% da sua vida e do seu destino estarão nas suas mãos. se dominar as suas energias vitais 100% da sua vida e do seu destino estarão nas suas mãos. (...)
quando os seus pensamentos se organizarem, as suas emoções também se ordenarão. gradualmente, também as suas energias e o seu corpo coincidirão no mesmo sentido. (...)
por fim, quando ... estiverem canalizados no mesmo sentido, a sua capacidade de criar e manifestar o que deseja tornar-se-á incrível.'
sadhguru, engenharia interior - um manual prático da alegria e do bem-estar
[no fundo, é o que referineste post, há vários meses, sobre vibrar na frequência do coração, quando os vários corpos estão direcionados/unidos num só propósito ]