da vizinhança (3)
da vizinhança (1)
da vizinhança (2)
(estou a gostar muito de fazer estas fotografias, das 'interações' visiveis entre as plantas, e começo a pensar que quero fazer mais alguma coisa com algumas delas. a ver...)
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da vizinhança (1)
da vizinhança (2)
(estou a gostar muito de fazer estas fotografias, das 'interações' visiveis entre as plantas, e começo a pensar que quero fazer mais alguma coisa com algumas delas. a ver...)
[ das ultimas Bellis perennis ]
Pelo segundo ano consecutivo, perto do marmeleiro, aqui no meu quintal, nasceram orquídeas abelha, a pouquíssimos metros da janela do meu quarto. Um dos locais onde crescem habitualmente, fica relativamente perto da minha casa, apesar de ter a ribeira pelo meio, uma descida e subida considerável. Portanto, acredito que tenham origem dai. As sementes terão voado até aqui com o vento e germinaram, ou os pseudo tubérculos já cá estavam há mais tempo - apesar de esta casa, e terreno em volta, estar com a minha família desde que nasci, não tenho qualquer memória de ter visto esta planta antes, por aqui. Parece uma história inventada, mas é mesmo real! :) Este ano cresceram dois pés - no ano passado apenas um - de Ophrys apifera - a orquídea abelha, que imita a forma e o cheiro da Eucera nigrilabris-, neste momento só uma abriu- duas flores, para já. E um pé de Serapias parviflora. Estou muito curioso para que as flores do segundo pé - da orquídea abelha- espreitem, para comparar o desenho com o das flores do ano passado. Mas já não falta muito!
A primeira flor da primeira orquídea abelha.
A segunda flor, com umas três horas de intervalo entre a fotografia de cima e as de baixo.
Esta segunda orquídea está localizada no mesmo local onde cresceu no ano passado, ou seja, terá os mesmos pseudo tubérculos de origem. Estou muito curioso para confirmar se o desenho da flor é exatamente igual ao das flores do ano passado (imagem seguinte).
[Entretanto, vou fazer uma breve pausa. Estes primeiros três meses foram intensos, com muitas publicações, e estou a precisar parar durante uma ou duas semanas. Um obrigado a quem segue o Limbos Verdes e também a quem comenta. É bom ir tendo o feedback de quem está desse lado.]
2 vídeos feitos em passeios de bicicleta, com cerca de 3 anos e meio de intervalo.
“Estamos acostumados a entender a sexualidade como um acto puramente orgânico ou uma dimensão exclusivamente biológica. Deveríamos, ao contrário, aprender a considerar a sexualidade biológica como um dos múltiplos reflexos de um fenómeno de dimensão cósmica, na qual o mundo se renova e modifica a sua consistência. O mundo é constantemente rearmado de modo diferente, e é isso que reproduzimos sexualmente. A vida é o sexo do mundo: não alguma coisa que tenha acontecido acidentalmente e a posteriori em algum movimento da sua história, mas a sua estrutura originária, o seu dinamismo mais profundo.
Neste sentido, a sexualidade não é o modo de vida que nos é garantido pelos órgãos sexuais, mas é, pelo contrário, a relação que, por nosso intermédio, o mundo mantém consigo mesmo.”
in A vida das plantas, E. Coccia
[Quando vi estas sementes - anemone palmata - a libertarem-se, acompanhando a direção do vento - algumas presas, momentaneamente, nos escapes florais da salvia, antes de concluírem o seu caminho, até ao solo - lembrei-me do conceito 'da mistura' - e da 'sexualidade cósmica' - defendida por Coccia. Calhou postar sobre isto, que me diz tanto, no dia em que faz três meses da germinação deste sítio. É uma data curta, bem sei, mas é uma data. :)]
Ontem foi dia de encontrar estes vários pés de Ophrys scolopax, num sítio onde não costumo ir com muita frequência, apesar de muito próximo dos meus circuitos habituais. Tenho aguardado a floração de alguns pés de Ophrys apifera e Ophrys scolopax num outro local, mas foi uma completa surpresa encontrar estes no sítio onde cresceram. Pelo número de flores abertas estão em floração há algumas semanas, numa zona de sombra parcial de zambujeiros. Apesar das pequenas variações penso que são todos O. scolopax. São muito bonitas, não são?
e sobre hoje:
Num outro local, com uma exposição solar direta grande parte do dia e com muito vento, vi ainda alguns pés de Ophrys fusca, um mar de Anacamptis pyramidalis, Serapias parviflora e, pela primeira vez este ano, as Ophrys apifera. Aqui ficam as imagens possíveis. É difícil reproduzir por imagens esta experiência. Mas vou tentando.