*looking/hiding
1. Ficus carica (figueira)
2. Olea europaea var. sylvestris (zambujeiro)
3. Arundo donax (cana comum)
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1. Ficus carica (figueira)
2. Olea europaea var. sylvestris (zambujeiro)
3. Arundo donax (cana comum)
Papaver somniferum
papoila-dormideira
família:
Papaveraceae.
Apesar de saber que cresciam espontaneamente neste zona, só no final de março de 2020 as encontrei pela primeira vez.
Planta herbácea, anual, tem um caule alto e ramificado, podendo atingir uma altura de 1,5 m.
Folhas grandes verdes, simples, sésseis e e dentadas.
Flores grandes até 10 cm de diâmetro, que se desenvolvem na primavera, cor branca, lilás ou púrpura, com pétalas arredondadas -4 cm - às vezes com manchas escuras na base.
O fruto, uma cápsula que contém no seu interior muitas sementes, pode ter até 9 cm, tem um disco lobado com diâmetro superior à base da cápsula, com raios salientes, cujo número pode variar entre 5 e 18 - 7 a 18 na subespécie P.s. somniferum e 5 a 8 na subespécie P.s. setigerum.
(fotografias: 31 de março, 2020)
(fotografia acima: 9 de junho 2020)
( três últimas fotografias: 26 de junho 2020)
1. Hygrocybe
2. Erodium cicutarium
3. Bolota Quercus coccifera
4. Narcissus bulbocodium
5. Asplenium ceterach
"A luz mediterrânea, acutilante e brilhante, que nada esconde e tudo expõe, determina, e determinou, que o jardim se desenhasse a partir de um jogo de claro-escuro, o que proporciona ao espaço uma profundidade que a luz forte e metálica de Lisboa não permite, e que o espaço, onde se inscreve o jardim, na realidade, não tem. A água, em movimento ou parada, em conjunto com o sistema vegetal que se lhe associa, apresenta-se pela capacidade refletora que possui, como a matéria subtil que tudo pode revelar."
in O Jardim, Fundação Calouste Gulbenkian
Um jardim como este, no centro de uma cidade como Lisboa, é mais do que uma 'bolha de oxigénio'. O espaço onde se encontra teve diversas formas- e funções- ao longo dos anos - Parque de Santa Gertrudes, Jardim Zoológico de Palhavã, Feira Popular.
O projecto de António Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles foi aprovado no início dos anos 60 tendo a obra começado pouco depois. Várias intervenções foram feitas até chegarmos à forma que conhecemos actualmente, a última delas já nos anos 2000.
Os vários elementos do projecto compõem o olhar dos autores:
a água e seus circuitos, o bosque, a orla, os percursos, criam diversos jardins no jardim, onde o romantismo está presente, a dialética entre o lado utilitário- característica da paisagem mediterrânea - e a visão da ilha dos amores de Camões, onde o visitante faz parte dele, no sentido em que o vive, em que o sente - e de diversas maneiras, ao percorre-lo.
É assim um espaço onde há uma conversa entra o sol e as sombras, as clareiras de gramineas e o bosque, entre os animais e as plantas, carregadas de bagas. As linhas de água, os espelhos de água, que trazem o céu para o solo, 'olhos luminosos' na escuridão.
Um apontamento mais pessoal:
conheci o jardim com mais detalhe em 2017. Em 2020, por estar próximo do hospital Curry Cabral - onde fiz exames e fui operado recentemente - regressei. Uma semana depois da minha última visita, morreu o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles. No dia da cirurgia a caminho do hospital, passei ao lado da Gulbenkian. Enquanto andava contemplei uma linha de árvores por ele idealizada, o movimento das folhas. Lembrei-me das 'minhas' árvores. Senti-me mais em casa e acalmei um pouco o nervosismo que sentia. Obrigado- também - por isso, arquitecto.
(fotografias: 2020, excepto as últimas quatro que são de 2017)
" Portanto, parece difícil definir uma planta como "um indivíduo". Tanto que já no final do século XVIII começou a circular a ideia de que as plantas- em particular as árvores- poderiam ser consideradas verdadeiras colónias, compostas de unidades arquitectónicas reiteradas. Em 1790, Johann Wolfgang von Goethe[1749-1832], um botânico brilhante e também um erudito, escreveu: "Os ramos laterais que se originam dos nós de uma planta podem ser considerados plantas jovens solteiras que se prendem ao corpo da mãe, da mesma forma que esta se fixa ao solo". Erasmus Darwin [1731-1802] (...) adoptando a ideia de Goethe, afirmou em 1800: " Cada gema de uma árvore é uma planta individual; uma árvore é, portanto, uma família de plantas únicas". (...)
A isso podemos acrescentar que o conceito de unidades reiteradas é válido não apenas para a parte aérea da planta, mas também para o sistema de raízes. De facto, cada raiz única tem seu próprio centro de comando autónomo que actua orientando sua direção, mas que, como em uma verdadeira colónia, coopera com os outros ápices das raízes para resolver problemas relativos à vida da planta em geral. E ter desenvolvido uma inteligência distribuída - que é um sistema simples e funcional que lhes permite encontrar respostas eficazes para os desafios do ambiente em que vivem - atesta como as plantas são evoluídas. "
in Revolução das Plantas, Stefano Mancuso
Orbea variegata
Estrela do mar.
família:
Apocynaceae
África do Sul
Planta suculenta com cerca de 10 cm de altura, perene, a sua estrutura é formada pelos pequenos caules dentados, cor verde (ficam avermelhados com stress hídrico).
As flores, em forma de estrela, esbranquiçadas ou amarelas com tons marrom têm cerca de 8 cm de diâmetro, podem ter marcas regulares ou irregulares, com cinco lóbulos pontiagudos circundando um anel central pentagonal . (duas primeiras fotografias)
Tem um odor forte que atrai insectos, principalmente moscas, facilitando a polinização. Depois de desenvolvido o fruto, as sementes são libertadas. A estrutura das sementes permite que estas voem com o vento. (Últimas 3 fotografias)
O cultivo é muito fácil. Funciona muito bem em vaso com forma de taça (largo e baixo), acabando por preenche-lo com o tempo. Exposição solar directa ou meia sombra. Regas pouco frequentes.